domingo, 22 de janeiro de 2012

Fim da jornada 2012 das Folias de reis no Estado do Rio de Janeiro

No último dia 20 de janeiro as Folias de reis do Estado do Rio de Janeiro se distinguem das que atuam no Município do Rio de Janeiro no sentido que a louvação ao Menino Jesus se estende para além do dia 06, dia de Reis.  Nesse sentido, a louvação tem como patrono São Sebastião. Após isso, as bandeiras de todas as Folias são recolhidas, cabendo apenas a realização das festas de arremate, que cada uma delas realiza com a finalidade de, munidas das ofertas financeiras oferecidas por cada devoto visitado, festejar com o que comumente se chama de festa de arremate. Particularmente, acompanhamos    D. Mariana que faz questão de estar junto à seus liderados mesmo que debilitada por conta do Parkinson. É uma visão comovente, que mostra quatro gerações de foliões devotos e persistentes, mantendo viva uma cultura que está além do popular. Passa pelo religioso, transcende o famliliar e dá identidade a Cidade de mesquita que tem aí  um de seus maiores patrimômnios que está no campo imaterial apenas por qualificação identitária.
Segue o link dos vídeos contendo entrevista com os filhos Laci e Dinho, bem como a emocionante participação de D. Mariana junto a sua Folia.


sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

O Dia de Reis e os três reinados de Mesquita

Nota. No dia 03 de outubro, quarta-feira, faleceu D. Maria Ana, uma das mais relevantes expressões de nossa cultura popular. Fica aqui nossa gratidão por tantos anos de dedicação e empenho, com muita fé e trabalho pra manter viva nossa Cultura.
Sua benção, D. Mariana!

A Folia de Reis é uma festa tradicionalíssima de nossa cultura. Inserida no contexto da cultura imaterial, é uma festa essencialmente cristã. O mais interessante é que, diferente de muitas manifestações culturais que permanecem em seus lugares de origem tais como quilombos e tribos indígenas, a Folia se espalha por todas as Regiões. Em nosso Estado, é possível perceber esses grupos em jornada desde o Interior até a Região Metropolitana. Em Mesquita temos três grupos tradicionais que devem ser citados, exatamente por apresentarem Mestres com características diferenciadas porém, convergentes em sua fé e prática.


Folia de Reis Sete Estrelas do Rosário de Maria
Mestre Maria Ana (Mariana)

Bairro Chatuba
Fundada em 1874
40 componentes aproximadamente
Seus filhos Sidney (Dinho) e Laci conduzem as atividades devido a avançada idade e as condições de saúde de D. Mariana. Ela afirma que, mesmo debilitada, não abra mão de acompanhar as jornadas e as festas de arremate.

Folia de Reis Anúncio de Balaão
Mestre Jésus Conti

Bairro Alto Uruguai
Fundada em 1975
16 integrantes aproximadamente

Seu Jésus diz que, após a cura de sua mãe, acometida de hepatite, iniciou o acompanhamento da Folia. Tempos depois formou sua própria, composta basicamente de foliões convidados, a qual lidera até hoje. Uma característica particular e muito interessante é que dua Folia visita também centros espítitas.

Folia de Reis Sempre Viva do Oriente
Mestre Nilton Santos

Bairro Sta. Terezinha
Fundada em 1986
30 integrantes
Sua Folia, a mais recente das três,  é formada quase que exclusivamente de membros da família. Após ser curado de uma grave enfermidade na garganta, Nilton cumpriu a promessa de fundar e manter uma jornada em caráter permanente.

Hoje, Dia de Reis, as Folias de outros Estados recolhem suas bandeiras. No entanto, aqui no Estado do Rio de Janeiro a jornada se prolonga até o dia 20 de Janeiro, dia de São sebastião, ilustrado em muitas Folias.

Lei estadual isenta folias
Como ocorre com toda e qualquer manifestação popular e pública, a necessidade de se fazer registro na delegacia de polícia mais próxima, burocracia abolida no Estado do Rio de Janeiro no que se refere às Folias de Reis. um pleito antigo que em 2005 foi sancionado pelo Governo do estado. Sem pre foi comum, desde sempre no Estado do Rio, a repressão às manifestações populares por parte da polícia.  

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Fazendo o básico, Nova Iguaçu retorna ao topo da Cultura no Estado do Rio de Janeiro


Venho afirmando há tempos que são mínimas as iniciativas que os Municípios devem tomar para garantir os recursos necessários para tocar a infra e alavancar as políticas estruturantes da Cultura na Baixada Fluminense. Nem mesmo seria necessário lembrar que o Gestor da pasta não necessariamente deve ser integrar a cadeia produtiva da Cultura. O fato é que garantir as políticas mínimas preconizadas pelo Ministério da Cultura garante o que ocorre agora em Nova Iguaçu. Um aumento de quase 100% no orçamento de 2012, perfazendo um montante de oito milhões de Reais é a motivação necessária para implementar “pra ontem” em Mesquita o Sistema Municipal de Cultura, segundo os moldes do MINC. A matéria já diz tudo.

Veja também o que diz Ana Lucia Pardo e Jandira Feghali sobre a importância do Legislativo na construção de uma legislação mínima, em entrevista exclusiva para o Mesquita PróCultura.